O HISTORIADOR MORRETENSE - ERIC J. HUNZICKER

terça-feira, 2 de agosto de 2016

CÍCERO GONÇALVES MARQUES

Cícero Gonçalves Marques, filho do Coronel Manoel Gonçalves Marques e de Rita de Loyola Marques, nasceu em Morretes. Casado com Hernestina Marques, filha do Capitão João Gonçalves Marques e de Leopoldina Leoniza de França.
          Cícero foi político de prestígio na Vila do Porto de Cima. Exerceu o mandato de Deputado Estadual, Juiz Distrital e Suplente de Juiz Seccional, chegando a exercer interinamente o cargo de Juiz Seccional Federal e de Prefeito da Capital paranaense, com Mandato de 1896 a 1900.
Industrial da erva-mate no Porto de Cima, Coronel Comandante da Guarda Nacional na Guerra do Paraguai, natural de Morretes/PR, foi o 1º Prefeito eleito de Curitiba a cumprir os quatro anos de mandato. Disputou a eleição com o Presidente da Câmara e Prefeito interino Jorge Germano Meyer, conquistando a cargo com uma votação expressiva de 1.152 votos a seu favor contra 51 de seu adversário.
Após assumir a Prefeitura, criou o Conselho de Saúde Pública, o cargo de engenheiro da Câmara Municipal e determinou que os terrenos dentro da área urbana fossem cercados, cumprindo a lei das posturas. Construiu o Prédio do Matadouro Municipal, comprou equipamentos para o Passeio Público e prolongou as ruas XV de Novembro e Marechal Deodoro, para melhorar o trânsito de veículos, também mandou construir o muro do Cemitério Municipal São Francisco de Paula.
No final de 1897, por motivo de saúde, o prefeito Cícero foi substituído pelo Presidente da Câmara e Vereador Manoel José Gonçalves, que após assumir o cargo teve vários problemas, principalmente o fechamento da única empresa funerária da cidade, que não concordava com o enterro grátis dos indigentes, obrigando o prefeito a conceder licença para outra empresa funerária atuar na cidade.
Nesta época o tráfego já preocupava a prefeitura, que proibiu os automóveis de circular acima de 10 quilômetros por hora.
Após se restabelecer e retornar a prefeitura, Cícero Gonçalves Marques comprou a usina energética da Companhia de Água e Luz de São Paulo, para enfrentar o problema da constante falta de luz em Curitiba.
Em 1898 afastou-se novamente por problemas de saúde, sendo substituído durante alguns meses pelo Vereador Paulo França, retornando logo a cargo. Em 1900 transmitiu o cargo ao novo prefeito eleito Luiz Xavier.
Sua esposa foi uma das legatárias de seu tio Tristão Martins de Araújo França, que em seu testamento a contemplou com Rs 500$000 (quinhentos mil réis) e também com a mesma quantia a sua irmã Maria. Deixou também Rs 1.000$000 (um conto de réis) a sua irmã Leopoldina Leoniza de França Marques; Rs 3.000.000 (três contos de réis) ao seu afilhado Dr. Nilo Cairo da Silva e Rs 200$000 (duzentos mil réis) a cada uma das igrejas e ao Hospital de Paranaguá.


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