O HISTORIADOR MORRETENSE - ERIC J. HUNZICKER

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

07 DE AGOSTO DE 1916


1916-7 de agosto: Pelo Decreto nº 16 o Congresso Legislativo do Estado do Paraná cria duas escolas em Morretes. Uma no Marumbi e outra no Barro Branco. 182/3/03.
1858-7 de agosto: O Presidente da Província do Paraná concede ao Alferes da Guarda Nacional de Morretes, Joaquim Severo Correia, 3 meses de licença para tratar de seus negócios no Rio de Janeiro. 37/1/01.
1858-7 de agosto: Tendo sido ordenado pelo Meritíssimo Sr. Dr. Juiz de Direito desta Comarca, Raymundo Ferreira de Araújo Lima, ao abaixo-assinado, que desse de esmola a quantia de oito mil e oitocentos réis que lhe tocou no Processo Crime de José Roberto Baptista, a alguma pessoa necessitada, e como ao abaixo-assinado lhe parece que a Sra. Maria Alexandrina da Silva está no caso, e ainda mais por acompanhar-lhe uma grande enfermidade, muito bem conhecida pelos habitantes desta Vila, por isso rogo-lhe Sr. Redator, queira inserir no seu conceituado jornal o recibo que ao abaixo-assinado passou a referida Senhora. Morretes, 26 de julho de 1858. Joaquim Antônio dos Santos Souza. Recibo. Recebi do Sr. Joaquim Antônio dos Santos Souza, Escrivão do Juízo Municipal desta Vila, a quantia de oito mil e oitocentos réis, em moeda corrente, por esmola, que mandou dar o Ilmo. Sr. Dr. Juiz de Direito desta Comarca, Raymundo Ferreira de Araújo Lima, que pertenceu as custas no Processo Crime de José Roberto Baptista, segundo me foi declarado pelo mesmo escrivão. E por ser verdade pedi a José Cordeiro de Miranda, que passasse o presente recibo e por mim assinasse, em presença das testemunhas José Antônio Neves Pinto e Manoel Francisco Grillo, em presença das mesmas recebi a dita quantia supra. Morretes, 26 de julho de 1858. Assino a rogo da Sra. Maria Alexandrina da Silva, como testemunha do expendido, José Cordeiro de Miranda, José Antônio Neves Pinto, Manoel Francisco Grillo. 37/1/04. 
1858-7 de agosto: O Presidente da Província do Paraná concede reforma no Posto de Tenente, ao Tenente da Guarda Nacional de Morretes, José Gonçalves Cordeiro. 38/1/01.

08 DE AGOSTO DE 1961

1961-8 de agosto: Iate Clube de Morretes. Realizou-se sábado em Morretes, na Sociedade Beneficente e Recreativa dos Operários, um baile promovido pelo Iate Clube de Morretes e que teve como atração a escolha da Rainha da Primavera de 1961. Às 24 horas realizou-se um concurso de valsas, com prêmios aos primeiros colocados. A orquestra “Tupi” cadenciou as danças. 59/11.

09 DE AGOSTO DE 1898

1898-9 de agosto: Edgar Poe. Acha-se há dias exposto na vitrine da Casa Comercial do Sr. Eduardo moura, à Rua XV de Novembro, um bem lançado retrato de Edgar Poe. O suntuoso trabalho é devido ao adestrado lápis de Silveira Netto, que ainda desta vez revelou os seus soberbos dotes de artista. Silveira Netto imaginou-o destacado das suas misteriosas e austeras criações, fazendo do quadro uma brilhante síntese de “O Corvo”, onde avulta “o aveludado, triste, vago remexer das cortinas purpúreas que fazia-o estremecer e o enchia de terrores até então desconhecidos” por aquela estranha visita, que pousada no busto de Pallas, soturna e negra, de vez em quando murmurava: Lenora!... E nada mais... É bem digna de atenção essa bela obra, a mais original por certo, que em seu gênero tem produzido os ateliers paranaenses. A Silveira Netto as nossas mais sinceras felicitações. 172/3/01.

09 DE AGOSTO DE 1871

1871-9 de agosto: A Presidência da Província do Paraná, pela Lei nº 236, de 13 de abril de 1870, querendo estabelecer uma medida certa para a cobrança do pedágio, autorizou o governo a dividir as barreiras existentes e criar as que julgasse conveniente para melhorar a arrecadação da taxa. Em virtude desta autorização foi expedido o Regulamento de 9 de agosto que divide em 4 a Barreira da Graciosa e criou outra no ramal de São João a Porto de Cima. 1224/1/02.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

CÍCERO GONÇALVES MARQUES

Cícero Gonçalves Marques, filho do Coronel Manoel Gonçalves Marques e de Rita de Loyola Marques, nasceu em Morretes. Casado com Hernestina Marques, filha do Capitão João Gonçalves Marques e de Leopoldina Leoniza de França.
          Cícero foi político de prestígio na Vila do Porto de Cima. Exerceu o mandato de Deputado Estadual, Juiz Distrital e Suplente de Juiz Seccional, chegando a exercer interinamente o cargo de Juiz Seccional Federal e de Prefeito da Capital paranaense, com Mandato de 1896 a 1900.
Industrial da erva-mate no Porto de Cima, Coronel Comandante da Guarda Nacional na Guerra do Paraguai, natural de Morretes/PR, foi o 1º Prefeito eleito de Curitiba a cumprir os quatro anos de mandato. Disputou a eleição com o Presidente da Câmara e Prefeito interino Jorge Germano Meyer, conquistando a cargo com uma votação expressiva de 1.152 votos a seu favor contra 51 de seu adversário.
Após assumir a Prefeitura, criou o Conselho de Saúde Pública, o cargo de engenheiro da Câmara Municipal e determinou que os terrenos dentro da área urbana fossem cercados, cumprindo a lei das posturas. Construiu o Prédio do Matadouro Municipal, comprou equipamentos para o Passeio Público e prolongou as ruas XV de Novembro e Marechal Deodoro, para melhorar o trânsito de veículos, também mandou construir o muro do Cemitério Municipal São Francisco de Paula.
No final de 1897, por motivo de saúde, o prefeito Cícero foi substituído pelo Presidente da Câmara e Vereador Manoel José Gonçalves, que após assumir o cargo teve vários problemas, principalmente o fechamento da única empresa funerária da cidade, que não concordava com o enterro grátis dos indigentes, obrigando o prefeito a conceder licença para outra empresa funerária atuar na cidade.
Nesta época o tráfego já preocupava a prefeitura, que proibiu os automóveis de circular acima de 10 quilômetros por hora.
Após se restabelecer e retornar a prefeitura, Cícero Gonçalves Marques comprou a usina energética da Companhia de Água e Luz de São Paulo, para enfrentar o problema da constante falta de luz em Curitiba.
Em 1898 afastou-se novamente por problemas de saúde, sendo substituído durante alguns meses pelo Vereador Paulo França, retornando logo a cargo. Em 1900 transmitiu o cargo ao novo prefeito eleito Luiz Xavier.
Sua esposa foi uma das legatárias de seu tio Tristão Martins de Araújo França, que em seu testamento a contemplou com Rs 500$000 (quinhentos mil réis) e também com a mesma quantia a sua irmã Maria. Deixou também Rs 1.000$000 (um conto de réis) a sua irmã Leopoldina Leoniza de França Marques; Rs 3.000.000 (três contos de réis) ao seu afilhado Dr. Nilo Cairo da Silva e Rs 200$000 (duzentos mil réis) a cada uma das igrejas e ao Hospital de Paranaguá.


EWALDO KRÜGER

Filho de Germano e Anna Von der Osten Krüger, nasceu em Morretes, em 28 de setembro de 1869. Aos seis anos de idade, transferiu-se, em companhia de sua família, para Florestal. Cursou as primeiras letras na escola de Florestal, tendo sido aluno do professor Alexandre José Fernandes Rouxinol.
Como resultado de sólida educação herdada do pai e da formação adquirida em boas escolas, aliadas à sua força de vontade, tornou-se engenheiro mecânico de nomeada nacional.
Funcionário da Rede de Viação Paraná-Santa Catarina, na cidade de Ponta Grossa, Paraná, em 1906, então Chefe da Locomoção daquela ferrovia, o engenheiro Ewaldo Krüger põe em funcionamento a sua obra-prima, o automóvel de linha ferroviária movido a vapor, construído nas oficinas da mencionada ferrovia. Transcrevemos, adiante, os detalhes desse invento, o único no gênero, extraídos de seu livro “Vencendo Rampas”:
“No fim de 1906, havia eu construído um automóvel a vapor, trabalho feito nas horas vagas e com os precários recursos de que dispunha. Essa máquina conduzia seis passageiros, além do maquinista e do foguista. Esse automóvel de linha prestou relevantíssimos serviços à Estrada de Ferro.”
O locomóvel, conhecido por “HILDA”, por volta de 1935, foi reformado e aperfeiçoado na oficina onde se originou, vindo a ser desativado em 1963. Atualmente, encontra-se em exposição no Museu Ferroviário em Curitiba. Escreveu em 1937 o livro “Vencendo Rampas”, hoje muito raro.

Após brilhante e dedicada carreira que culminou com a Chefia Geral da Locomoção da Rede de Viação Paraná-Santa Catarina e da Viação Férrea do Rio Grande do Sul, em Santa Maria da Boca do Monte, Ewaldo Krüger aposentou-se aos 7 de março de 1928.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

FAMÍLIA MALUCELLI

A família Malucelli, hoje com quase quatro mil membros, chegou ao Estado do Paraná em 1877. Nesta época, 125 anos atrás, Giovanni e sua esposa Margherita decidiram deixar a pátria de origem para aventurar-se numa vida nova, num país distante, atraídos pelas notícias recebidas de outros compatriotas que aqui já estavam. Deixaram para trás uma vida estabilizada na Itália encontrando um novo mundo de inúmeras dificuldades.

Da Itália, Giovanni e Margherita chegaram com seus oito filhos; mais tarde Margherita já viúva conseguiu trazer mais dois sobrinhos. Giovanni faleceu depois de dois anos de quando aqui se estabeleceu e a matriarca Margherita conduziu com pulso forte a criação e  orientação dos oito filhos.


Da Itália a família era ilustre, estando inscrita no Bairro de Ouro do antigo Ducado de Ferrara. Os descendentes atuais, legítimos e naturais, podem reivindicar pela reconstituição da árvore genealógica da própria família, o título de Nobre ferrarense, podendo também usar o brasão da família nobre, o que demonstra a antiguidade e distinção de sua linhagem.

A família Malucelli chegou ao Brasil no porto de Paranaguá em 1o. de abril de 1877 e instalou-se primeiramente em Alexandra, litoral paranaense, local bem diferente que imaginava Giovanni. Depois do falecimento de Giovanni, Margherita transferiu-se para Morretes, também zona litorânea do estado, precisamente na Colônia Nova Itália, no Sítio Grande, onde a matriarca comprou um lote.

NOVO BLOG DO HISTORIADOR ERIC J, HUNZICKER

Está no ar o novo blog do historiador morretense Eric J. Hunzicker.


Eric Joubert Hunzicker é membro efetivo da Academia de Letras José de Alencar. Eric também já foi Vereador em Morretes, na legislatura 1973/1976, Secretário Municipal de Cultura, além de ser Cidadão Honorário Morretense. Há outras láureas que poderiam ser mencionadas, mas a maior delas é a sua eterna paixão ao contar a história de sua querida Morretes.